quinta-feira, 1 de maio de 2014

Banco Central do Japão projeta que inflação vai superar 2% em cerca de 2 anos

Presidente Haruhiko Kuroda disse que não vê atrasos em cronograma.
Banco crê que fim sustentável da deflação está no horizonte sem estímulo.

Haruhiko KurodaO banco central do Japão projetou pela primeira vez nesta quarta-feira (30) que a inflação vai superar 2% em cerca de dois anos a partir de agora, destacando sua convicção de que um fim sustentável da deflação está no horizonte sem estímulo adicional.

O presidente do BC, Haruhiko Kuroda, manteve seu otimismo sobre a perspectiva, afirmando que não vê atrasos no cronograma para cumprir a meta de inflação.

Kuroda destacou que o impacto econômico de um aumento do imposto sobre vendas neste mês parece limitado até agora. Mas rapidamente acrescentou que o BC está pronto para expandir mais o estímulo se os riscos ameaçarem o cumprimento da meta de preços.

"A queda após o aumento de imposto em abril está dentro das expectativas e até agora os gastos das famílias estão sustentando o ímpeto", disse Kuroda em entrevista à imprensa após reunião do BC.

"Como um todo, estamos fazendo progresso estável. Mas ainda estamos a meio caminho de cumprir a meta, então vamos monitorar de perto a situação e fazer ajustes quando necessário", disse ele.

Como esperado, o BC manteve sua promessa de elevar a base monetária a um ritmo anual de 60 trilhões a 70 trilhões de ienes (US$ 587 a US$ 685 bilhões).

Em novas projeções apresentadas em relatório, o BC afirmou que a inflação ao consumidor deve atingir 2% por volta do próximo ano fiscal que começa em abril de 2015, e será sustentável de "maneira estável" conforme a recuperação econômica continue.

A projeção otimista pode reforçar as expectativas do mercado de que o BC manterá a política até julho ou mais, visão que se espalhou depois que Kuroda disse no mês passado que não vê necessidade imediata de expandir o estímulo por enquanto.

O BC japonês tem mantido sua política desde que lançou um forte estímulo em abril do ano passado, quando prometeu acelerar a inflação para 2% em cerca de dois anos através de agressivas compras de ativos em um país que enfrenta a deflação há 15 anos.
Fonte: G1 com Reuters

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