"O setor manufatureiro terminou 2019 onde começou, preso à contração", disse um economista
A atividade das fábricas do Japão encolheu em ritmo mais acelerado em dezembro do que no mês anterior devido à queda na produção, ressaltando a crescente pressão sobre as empresas pela diminuição da demanda no exterior e no país.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Jibun Bank, divulgado nesta segunda-feira (6), caiu para 48,4 pontos em uma base sazonalmente ajustada, ficando pior que a baixa mais acentuada em três anos registrada em outubro.
O índice ficou abaixo do patamar preliminar de 48,8 no mês passado e da leitura final de 48,9 em novembro.
"O setor manufatureiro do Japão terminou 2019 onde começou, preso à contração, com pouca esperança de uma recuperação iminente", disse Joe Hayes, economista da IHS Markit, que compila a pesquisa.
"A economia manufatureira sofreu seu pior desempenho em mais de três anos, com um momento claramente negativo em 2020."
A pesquisa do PMI mostrou que a produção caiu para o menor nível desde março, uma vez que as empresas enfrentaram condições desfavoráveis de demanda e exportações fracas devido à queda nas vendas para a China.
No geral, os novos pedidos e a produção permaneceram em contração pelo 12º mês consecutivo, embora a queda nos novos negócios tenha desacelerado pelo segundo mês seguido.
A produção industrial do Japão caiu pelo segundo mês consecutivo em novembro, aumentando a probabilidade de contração da economia no quarto trimestre.
No mês passado, o Banco do Japão ofereceu uma visão mais sombria da produção das fábricas, mantendo intacta sua avaliação de que a terceira maior economia do mundo continua a se expandir moderadamente como uma tendência.
Pelo oitavo mês seguido, o índice PMI de manufatura permaneceu abaixo do limite de 50,0, que separa contração e expansão, marcando a queda mais longa desde um período de nove meses entre 2012 e 2013
"Os dados da pesquisa destacaram que a demanda fraca permanece um problema em todo o setor, afetando os volumes de produção e fazendo com que as empresas reduzam seus preços na esperança de mudar a maré", acrescentou Hayes.
Fonte: Alternativa com Reuters