quinta-feira, 18 de junho de 2020

Exportações e importações do Japão têm a maior queda em 10 anos

O impacto do vírus provavelmente continuará a ser visto nas importações e exportações em junho, disse oficial do ministério das finanças
Exportações e importações do Japão

As exportações e importações do Japão registraram em maio as maiores quedas em mais de 10 anos, refletindo enfraquecimento rápido na demanda doméstica e do exterior, enquanto a pandemia de coronavírus continuou a travar as atividades econômicas globalmente, mostraram dados do governo na quarta-feira (17).

As exportações caíram 28,3% ante o ano anterior para ¥4,18 trilhões, a queda mais acentuada desde um declínio de 30,6% em setembro de 2009 após a crise financeira global, de acordo com um relatório preliminar do Ministério das Finanças. As exportações tiveram queda pelo 18º mês consecutivo.

Por item, exportações de carros diminuíram 64,1%, a maior queda desde abril de 2011 quando mergulharam 67,1% após o massivo terremoto e tsunami no mês anterior no nordeste do Japão terem forçado uma interrupção na produção. O número mais recente seguiu uma queda de 52,6% em abril.

As exportações de peças de carros despencaram 57,6%.

As importações em geral caíram 26,2%, para ¥5,02 trilhões, também registrando o maior declínio desde outubro de 2009 quando elas diminuíram 35,5%, com compras de fontes de energia como petróleo bruto e aeronaves encolhendo, disse o ministério. O número teve queda pelo 13º mês consecutivo.

Em abril, as importações tiveram uma queda mais moderada de 7,1%, refletindo uma recuperação nas compras da China, cuja economia estava recomeçando após o primeiro surto do vírus do mundo.

O déficit comercial em maio situou-se a ¥833,39 bilhões, marcando o segundo mês consecutivo no vermelho.

“É difícil prever desenvolvimentos iminentes, mas dada a atual situação nacional e internacional, o impacto do vírus provavelmente continuará a ser visto nos números de importações e exportações em junho”, disse um oficial do ministério aos repórteres.

O crescimento do Japão depende em sua maioria de comércio e turismo, todos os quais vêm sendo duramente afetados por restrições de viagens, pedidos para as pessoas ficarem em casa e distanciamento social destinados a reduzir a propagação da Covid-19.

O Japão já entrou em recessão, definida como dois trimestres seguidos de contração. A terceira maior economia do mundo já havia desacelerado no trimestre final do ano passado ante do vírus ter alcançado a escala de pandemia. O atual trimestre, até o fim de junho, deve ter uma outra contração.
Fonte: Portal Mie com Japan Times
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