sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Paralisação de fábricas da Daihatsu no Japão deve afetar mais de 400 fornecedores de peças

Autoridades descobriram 174 casos de irregularidades em 64 modelos de veículos da montadora

Daihatsu
A montadora Daihatsu está enfrentando uma crise significativa relacionada a irregularidades na obtenção de certificações de segurança. Como resultado, a empresa decidiu suspender as operações em todas as suas fábricas de automóveis no Japão a partir da próxima segunda-feira (25).

Esta suspensão afetará diretamente 423 fornecedores de peças com os quais a Daihatsu tem transações, e a empresa está considerando compensações para essas perdas de receita.

No entanto, o impacto vai além desses fornecedores diretos. De acordo com a Teikoku Databank, uma empresa de pesquisa privada, existem cerca de 8.136 empresas, incluindo subcontratados indiretos e empresas de transporte, que têm negócios com a Daihatsu.

Muitas dessas empresas são pequenas e médias, e a paralisação prolongada das operações da Daihatsu pode ter consequências graves para a economia regional.

Além disso, a Daihatsu é líder no mercado de veículos leves no Japão, com uma participação de mais de 30%, e tem cerca de 30.000 concessionárias em todo o país.

Paralisação de 4 fábricas da Daihatsu
A suspensão de produção afeta as quatro fábricas da montadora localizadas em Ryuo (Shiga), Oyamazaki (Quioto), Nakatsu (Oita) e Ikeda (Osaka).

A paralisação em Shiga, Quioto e Oita começa na segunda-feira, enquanto a fábrica de Osaka suspenderá as operações no dia seguinte.

A Daihatsu havia anteriormente interrompido as vendas de todos os modelos de veículos após a descoberta de 174 casos de irregularidades em 64 modelos diferentes.

As irregularidades incluem a não realização dos devidos testes de segurança em colisões.

O Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão planeja verificar a conformidade desses modelos com os padrões nacionais. Até o momento, não há uma previsão clara para a retomada da produção nas fábricas.
Fonte: Alternativa

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