Apesar da solução ser a mais óbvia para manter a economia do país em crescimento, Shinzo Abe se recusa a tocar no assunto
Quando o homem mais velho do mundo morreu recentemente, ninguém estava muito surpreso ao saber que tanto ele quanto a mulher que atualmente detém o mesmo título sejam japoneses. Seja por causa de bons médicos, genética ou chá verde, os japoneses estão vivendo mais e mais.
E é aí que está o problema, noticiou a revista econômica Bloomberg Market Magazine. A prole japonesa está tendo cada vez menos filhos. Em 2050, quase 40% da população do país terá 65 anos ou mais. A não ser que os benefícios sejam cortados drasticamente, uma população cada vez menor de trabalhadores terá que sustentar um conjunto crescente de idosos.
Os japoneses parecem paralisados pela projeção. A solução mais óbvia – baixar as barreiras da imigração que fazem do país um dos mais homogêneos do mundo – é descartada como uma impossibilidade política. Mesmo o supostamente destemido primeiro-ministro, Shinzo Abe, se recusa a tocar no assunto.
Por essa razão os analistas continuam céticos sobre as reformas estruturais que fazem parte do “Abenomics”, plano do primeiro-ministro para impulsionar a economia japonesa, conforme a Bloomberg Markets. Sem novos trabalhadores para manter a economia crescendo e estimulando a inovação e o empreendedorismo, é muito pouco provável que o Japão se recupere da maneira que Abe e seus simpatizantes estão esperando.
Fonte: IPC Digital
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