Algumas empresas se opõem porque a mão de obra ficaria mais cara
Para revigorar a economia doméstica, os consumidores japoneses tem que gastar mais. Por isso, o governo japonês pediu a comunidade empresarial do país para contribuir para a recuperação da economia através do aumento do salário mínimo dos trabalhadores.
Se a renda familiar não está crescendo, começam a diminuir gastos, prejudicando a recuperação da economia japonesa, alertou o ministro do Trabalho Norihisa Tamura, segundo o jornal Nikkei.
Tamura expressou a posição do governo em uma reunião com um grupo de trabalho no âmbito do Ministério.
A remuneração horária média mínima no Japão é de ¥ 749 ($ 7,4 ou 16 reais).
É a primeira vez em três anos que o Ministro de Trabalho é a favor do aumento do salário mínimo. Nas últimas duas ocasiões, nos anos fiscais de 2007 e 2010, o pagamento por hora subiu 14 e 17 yenes, respectivamente. Estima-se que um aumento de pelo menos 10 ienes neste tempo seria necessário para impulsionar o consumo e a derrotada deflação crônica que prejudica a economia japonesa.
Assim, o governo pretende criar um círculo virtuoso através do aumento dos salários, o que resultaria em um aumento nos gastos e, consequentemente, o rendimento das empresas.
No entanto, algumas empresas, especialmente as pequenas empresas, estão em oposição e tem medo que a mão de obra fique muito mais caro e não conseguindo arcar com as despesas.
Fonte: IPC Digital