As empresas e as famílias, que representam a maior parte do crescimento, estão cautelosas com os gastos
A economia do Japão emergiu da recessão no último trimestre, crescendo a uma taxa anualizada de 2,2 por cento depois que as exportações e os gastos públicos ajudaram a compensar os investimentos internos mais fracos.
No entanto, os dados preliminares divulgados nesta segunda-feira colocam o crescimento da terceira maior economia do mundo em 0 por cento em 2014, a taxa mais lenta em três anos, enquanto os salários reais caíram 0,1 por cento.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6 por cento entre outubro e dezembro em relação ao trimestre anterior, uma taxa que ficou abaixo das expectativas de muitos economistas.
O investimento privado permaneceu anêmico, o que sugere que as empresas e as famílias, que representam a maior parte do crescimento, permanecem cautelosas com os gastos.
O governo revisou os números de crescimento anteriores, sugerindo que a recessão técnica de dois meses consecutivos de contração foi mais branda do que foi anteriormente relatado.
A economia sofreu dois trimestres seguidos de contração na sequência do aumento do imposto sobre consumo em abril, o que levou o primeiro-ministro Shinzo Abe a empurrar para abril de 2017 o segundo aumento, para 10 por cento, que era previsto para outubro deste ano.
Abe tem procurado promover o crescimento sustentado através de injeções maciças de liquidez na economia, principalmente por meio de compras de ativos do banco central semelhantes aos recursos usados nos EUA.
A política monetária ultrafrouxa se destina a estimular a inflação, mas até agora o Japão permanece longe da meta de 2 por cento estipulada pelo banco central.
Fonte: Alternativa com Reuters