A montadora projetou um recuo de 7% no lucro anual, ao invés do crescimento esperado por analistas
A Honda reduzirá produção em cerca de 20% em duas de suas fábricas no Japão pelo resto de maio, um mês depois de cortar a produção pela metade em uma das unidades.As duas fábricas afetadas ficam em Suzuka (Mie) e Sayama (Saitama), que produzem modelos como Vezel, Freed e carros compactos da série N.
A Honda projetou nesta sexta-feira (13) um recuo de 7% no lucro anual, ao invés do crescimento esperado por analistas, e alertou que a longa crise de semicondutores e o aumento dos custos das matérias-primas estão prejudicando o resultado.
"No momento, esperamos colocar o negócio na trajetória de recuperação em junho", usando peças que estão em estoque, disse Yasuhide Mizuno, gerente sênior da empresa, em uma ligação após a divulgação dos resultados.
A Honda, segunda maior montadora do Japão em vendas, projeta recuo no lucro operacional para 810 bilhões de ienes (6,29 bilhões de dólares) no atual ano fiscal, que começou em abril. Analistas esperavam um aumento de 6,3%, para 926,3 bilhões de dólares, segundo dados compilados pela Refinitiv.
A empresa espera vender 4,2 milhões de veículos globalmente, um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior.
"Além das incertezas sobre fornecimento e produção, espera-se um aumento adicional no custo" no ano fiscal que termina em março de 2023, disse a fabricante de automóveis em comunicado.
A Honda estima cerca de 300 bilhões de ienes em custos para cobrir despesas crescentes de material, mão de obra e logística no ano, um salto de cerca de 11% em relação ao período anterior.
A empresa divulgou na sexta-feira uma queda 6% menor no lucro operacional do trimestre encerrado em março ante o que era estimado por analistas, para 199,5 bilhões de ienes, superando a projeção média de 152,2 bilhões de ienes, de acordo com dados do Eikon, da Refinitiv.
As ações da Honda - que fecharam em alta de 2,2% na sexta-feira, em meio ao avanço de 2,6% do índice de referência local - acumulam alta de 1% até agora em 2022.
Fonte: Alternativa com Reuters