sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Fabricantes japonesas reduzirão dependência de fornecedores da China, mostra pesquisa

Cinquenta e três por cento buscam alternativas, visto que riscos de Taiwan e da Covid pesam

Fábrica de equipamentos de proteção pessoal na China
Mais da metade de fabricantes japonesas planejam reduzir a dependência de fornecedores chineses, visto que as companhias buscam construir mais redes flexíveis em meio às crescentes tensões entre EUA e China, descobriu uma pesquisa do site Asia Nikkei.

O Asia Nikkei conduziu uma pesquisa com redes de fornecimento em meados de novembro e recebeu respostas de 79 de 100 grandes fabricantes japonesas abordadas.

De acordo com os resultados, 78% das companhias disseram que o risco na obtenção de peças e materiais da China aumentou comparado há 6 meses.

Cinquenta e três por cento das empresas disseram que reduziriam a proporção de fornecimento da China em sua produção global. Especificamente, 60% das empresas que trabalham com maquinários, 57% das automotivas e químicas e 55% de eletrônicas disseram que fariam isso.

Como razões para reduzir a dependência chinesa, 80% das companhias citaram preocupações com uma emergência em Taiwan, enquanto 67% citaram a política zero Covid da China para conter o coronavírus através de lockdowns e outras medidas rigorosas.

Daquelas que disseram que reduziriam a dependência de fornecedores na China, cerca de 86% citaram o Japão como uma país de fonte alternativa, antes da Tailândia (76%) e outras nações no Sudeste Asiático.

Além do iene fraco, companhias japonesas parecem ver a produção doméstica como relativamente mais vantajosa do que a no exterior devido a aumentos salariais domésticos mais lentos.

A Panasonic transferiu parte de sua produção de aspiradores de pó e outros produtos da China para o Japão.

Já a Kirin Holdings está considerando diversificar sua obtenção de ácido cítrico, incluindo compras da Tailândia e de outros países.
Fonte: Portal Mie com Asia Nikkei

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